Levantamento também aponta que 6% deles conseguiram manter o faturamento integral no período. Comércios fechados na Rua Governador Pedro de Toledo, em Piracicaba, em meio à quarentena
Rodrigo Pereira/ G1
Uma pesquisa divulgada nesta sexta-feira (12) pelo Sindicato do Comércio Varejista de Piracicaba (Sincomércio) aponta que 31% dos empresários do comércio e serviços precisaram demitir funcionários durante a quarentena. O levantamento também aponta que 6% deles conseguiram manter o faturamento integral no período.
O Sincomércio realizou uma pesquisa com 88 empresários para saber como foi o funcionamento dos estabelecimentos durante o período no qual somente os estabelecimentos considerados essenciais estavam funcionando. Empresas de setores essenciais também responderam.
Dos participantes, 54,5% alegaram que conseguiram manter ao menos parte do faturamento no período, atendendo de forma presencial e online.
Para amenizar os efeitos negativos na economia, 76% negociaram impostos, aluguel, pagamento para fornecedores e reduziram a jornada de trabalho, de acordo com o levantamento.
Rua Governador Pedro de Toledo, no Centro de Piracicaba, durante o fechamento dos comércios não essenciais
Rodrigo Pereira/G1
O atendimento durante a quarentena foi feito de forma presencial e digital por 52,3% dos entrevistados, enquanto 28,4% o fizeram somente de forma online. Já 10,2% atenderam somente presencialmente e outros 10,2% não atenderam.
Para o atendimento à distância, 97% utilizaram WhatsApp, seguido de 41% via Instagram e 40% com Facebook.
De acordo com a pesquisa, o atendimento online foi feito pelos proprietários (75%) e funcionários (50%), enquanto a entrega dos produtos foi efetuada por colaboradores e/ou proprietários (65%), seguido de retirada na loja (49%) e motoboy (34%).
Para essas perguntas, os entrevistados podiam escolher mais de uma resposta, por isso em alguns casos a soma dá mais de 100%.
A maioria dos clientes (59%) manteve as compras nesse período, ainda conforme o estudo. Em relação ao início da flexibilização, 72% dos empresários foram favoráveis.
“Esses resultados mostram que os empresários da cidade mostraram capacidade rápida de mudança na rotina para manter parte das vendas e do emprego de seus colaboradores”, avaliou o presidente do Sincomércio Piracicaba, Itacir Nozella, em nota.
Perfil dos entrevistados
Entre os entrevistados, 21,6% são do setor de vestuário, seguido de calçados (8%) e móveis e veículos, com 4,5% cada.
Sobre a classificação das empresas, 40,9% são ME (microempresa) e 35,2% EPP (empresa de pequeno porte). Dessa forma, a maioria (13,6%) tem somente um funcionário, seguido 12,5%, com 6 colaboradores.
Movimento de pessoas em área comercial de Piracicaba, após a reabertura parcial das lojas
Ronaldo de Oliveira/ EPTV
Horário
O decreto do governo do Estado, que implantou o Plano São Paulo, determinou que comércio de rua, shoppings, concessionárias, imobiliárias e escritório poderiam funcionar por no máximo quatro horas seguidas.
Para a primeira fase em Piracicaba, a prefeitura determinou o horário das 13h às 17h, que foi apontado por 26% dos entrevistados como o melhor período, seguido de 16% para 10h às 14h, seguida de 11% preferindo das 9h às 13h e de 7%, das 8h às 12h.
Nesta sexta-feira (12), no entanto, a prefeitura publicou decreto alterando o horário em dias úteis para 12h às 16h.
Levando-se em consideração a segunda fase do Plano São Paulo, quando parte do setor comércio e serviços poderá funcionar por seis horas seguidas, 21% apontou o melhor horário como das 10h às 16h, seguido das 12h às 18h (18,5%) e das 9h às 15h (16%).
Nozella espera que a prefeitura leve também em consideração a preferência dos empresários na determinação do horário de funcionamento. “É preciso levar em consideração também o melhor período para o deslocamento dos colaboradores e a possibilidade de aglomerações”, pondera.
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