Nova estação deixa para trás um inverno atípico que elevou o consumo de água em 3,3%, segundo levantamento feito pela BRK; abastecimento segue normalizado, apesar das condições
A chegada da primavera, no domingo (22), deixou para trás um inverno atípico, marcado por temperaturas acima da média para o período e uma estiagem severa. Fatores que levaram a um aumento de 3,3% no consumo de água dos últimos três meses se comparado ao mesmo período de 2023, como mostra levantamento feito pela BRK, concessionária responsável pelos serviços de água e esgoto em Limeira.
A nova estação, normalmente tida como um período de transição entre as estações seca e chuvosa, começou mantendo o clima árido enfrentado nos últimos meses. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (InMet), pelos próximos três meses o cenário deve se manter com temperaturas acima da média em todo o estado de São Paulo.
Sobre a pluviometria, a previsão inicial é de que a temporada de chuvas atrase em função de um fenômeno chamado de La Niña duplo, que ocorre em função do resfriamento em 0,5 graus das águas de dois oceanos (Pacífico e Atlântico) simultaneamente.
De acordo com o especialista em hidrologia e recursos hídricos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Antônio Carlos Zuffo, caso se confirme o La Niña duplo, as chuvas na região centro-sul do Brasil, incluindo as Bacias PCJ, podem demorar ainda mais para voltar a ocorrer dentro da média histórica, ficando para o final de novembro e o início de dezembro. A divulgação foi feita pelo site do InMet.
Clima quente aumenta o consumo de água no inverno
Em Limeira, o inverno foi marcado por aumento de 3,3% no consumo de água considerando os meses de junho, julho e agosto. Apesar da condição, o abastecimento se manteve estabilizado ao longo de todo o tempo, com a produção de água batendo recorde no mês de julho. Foram 71,5 milhões de litros diários em média, chegando a 2,2 bilhões de litros produzidos e distribuídos pelo sistema público no mês.