Na tarde do domingo (20), a Guarda Civil Municipal de Limeira (SP) foi acionada por uma voluntária da Associação Limeirense de Proteção Animal (ALPA), juntamente com a equipe da “Cadeia para Maus-Tratos”, em uma residência no Jd. Nova Limeira, por conta de uma denúncia anônima enviada à ONG de Limeira sobre maus-tratos a cães no local.
Quando a guarda chegou na casa, foram recebidos por uma adolescente menor de idade que estava cuidando de seus outros dois irmãos mais novos. Sendo assim, ela chamou a mãe, que estava no trabalho, para receber todos.
Então, quando entraram com a mulher de 42 anos na residência, foi constatado pelos agentes que lá estavam 2 cachorros da raça pitbull adultos e 2 filhotes, sendo um macho adulto, uma fêmea adulta e dois filhotes machos. Todos estavam em visível estado de maus-tratos.
Segundo informações do boletim de ocorrência, a cadela estava magra, amarrada e com sangramento. O macho estava com um ferimento na região do pescoço e com carrapatos. Os filhotes estavam em um colchão ensanguentado e também apresentavam infestação de carrapatos.
Ainda no atendimento da ocorrência, a mulher informou aos GCMs que tinham nascido sete filhotes, mas a pitbull acabou deitando sobre cinco deles, que acabaram morrendo. Depois disso, ela informou ainda que a cadela acabou comendo quatro, enquanto os outros foram enterrados, restando apenas dois filhotes vivos.
A mulher se explicou dizendo que os cachorros eram do seu marido, que está, desde quinta-feira passada, internado em uma clínica de recuperação de usuários de drogas, deixando-os sob seus cuidados. Ela também mostrou o saco de ração que está utilizando para alimentá-los.
Ainda conforme a tutora dos pitbulls, o marido teria enviado no sábado (19) um Pix de R$350 para que ela comprasse o medicamento necessário para os cães. Ela argumentou que ainda não tinha comprado por conta da correria do trabalho e do pagamento do aluguel.
Diante dos fatos, foi requisitado exame pericial e os cães foram apreendidos e depositados à representante da ALPA, que se responsabilizou em levá-los à uma clínica veterinária para receberem os devidos cuidados. Também foi fornecido atestado médico da saúde dos animais, feito por uma médica veterinária que acompanhou a ocorrência.
A mulher não foi presa e o boletim de ocorrência foi registrado como crime ambiental de abuso a animais, que pode resultar em reclusão de 2 a 5 anos, multa e proibição de guarda.
Em postagem nas redes sociais, a ALPA se posicionou sobre o caso dizendo que manterá os animais em segurança e cuidados. Afirmou também que vão ingressar com o pedido de tutela definitiva e, somente assim, poderão disponibilizá-los para adoção.