Secretário de Estado dos EUA afirma que retomada deve ocorrer de maneira segura aos dois países. Presidente havia sugerido ao governador da Flórida a suspensão dos voos entre aeroportos do estado norte-americano ao Brasil. Mike Pompeo, secretário de Estado dos EUA, em entrevista coletiva em Washington nesta quarta-feira (29)
Andrew Harnik/Pool via Reuters
O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, afirmou nesta quarta-feira (29) que quer retomar as viagens aéreas entre Brasil e Estados Unidos para “recuperar a economia”.
Em resposta à pergunta feita pela repórter Raquel Krähenbühl, da TV Globo, o chefe da diplomacia norte-americana disse que essa retomada deverá ocorrer “de maneira segura para o Brasil e para os EUA e para nossos bons amigos”. Ele não detalhou, porém, como isso vai ocorrer.
“Vamos trabalhar em estreita colaboração com o Brasil, queremos recuperar nossas economias e um dos elementos para isso é restaurar as viagens aéreas comerciais entre nossos dois países”, disse Pompeo.
A declaração veio um dia depois de o presidente Donald Trump sugerir o banimento de voos entre os dois países ao dizer que os brasileiros passam por “surto sério” de novo coronavírus.
Na véspera, o governador da Flórida, Ron DeSantis, disse a Trump que não via necessidade em suspender os voos saindo do estado — dos aeroportos de Miami e Fort Lauderdale — ao Brasil. O presidente, porém, insistiu:
“Se precisar [interromper voos], nos avise”.
Depois, Trump disse que avalia testar passageiros de voos internacionais saídos de “áreas muito infectadas” e afirmou que “o Brasil está chegando nessa categoria”. “Acho que eles vão ficar bem, eu espero que eles fiquem bem. Ele é muito amigo meu, o presidente [Jair Bolsonaro]”, acrescentou.
Crise no setor aéreo
Presidente dos EUA, Donald Trump, concede entrevista na Casa Branca nesta terça-feira (28). Em primeiro plano, uma réplica de um avião oficial norte-americano
Carlos Barria/Reuters
A crise gerada pela pandemia de Covid-19 afetou gravemente o setor aéreo, que registra diminuição em cerca de 90% em sua atividade no Brasil. A falta de oferta de voos e o avanço do novo coronavírus levou a Embaixada dos Estados Unidos a emitir aviso aos cidadãos do país que estivessem em território brasileiro para que retornassem imediatamente aos EUA.
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