Bolsonaro fez reunião com ministros da área jurídica antes de pronunciamento

O presidente Jair Bolsonaro (PL) mudou a agenda nessa quarta-feira para conversar com ministros que atuam na área jurídica do governo. Bolsonaro, que iria dormir no Rio de Janeiro, onde tem agenda de quinta-feira até domingo, decidiu voltar à Brasília para conversar com os Ministros da Advocacia Geral da União Bruno Bianco, da Controladoria Geral, Wagner Rosário e da Justiça, Anderson Torres.

Outros ministros estavam presentes, como Célio Faria, da Secretaria de Governo, e o general Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional. Bolsonaro não convocou todos os ministros para a reunião.

A informação de uma alta fonte do governo é a de que Bolsonaro convocou parte da equipe para traçar a estratégia jurídica diante da decisão de Alexandre de Moraes. O presidente do Tribunal Superior Eleitoral encerrou, por meio de uma decisão monocrática, ou seja, só dele, a denúncia de que não foram veiculadas propaganda eleitoral de Bolsonaro em rádios, principalmente no Nordeste. A campanha do presidente fala em até 150 mil inserções a menos em comparação às veiculadas em favor de Lula, candidato petista.

Os relatos são de que Bolsonaro ficou, mais uma vez, irritado com as decisões de Moraes, mas em momento nenhum demonstrou uma postura radicalizada. Na entrevista, o presidente voltou a adotar um discurso duro, mas sem se exaltar.

As dúvidas sobre a decisão de Moraes no governo Bolsonaro ficaram maiores porque ao longo do dia o TSE deu várias versões sobre a demissão do servidor que denunciou supostas irregularidades na veiculação da propaganda eleitoral.

Primeiro, o gabinete de Moraes fez circular a informação de que o servidor foi demitido por uma mudança normal na equipe. Depois, o TSE emitiu nota informando não ser o responsável por fiscalizar os veículos de comunicação. Por último, disse que, o funcionário demitido cometeu  várias irregularidades. A justificativa para demissão foram “indicações de reiteradas práticas de assédio moral, inclusive por motivação política, que serão devidamente apuradas”. Após ser exonerado, este mesmo servidor prestou depoimento à Polícia Federal.

Informações Via r7.com.br

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