Brasileiro põe a casa própria acima de filhos e casamento

O sonho da casa própria é um desejo de 87% da população do Brasil. Em uma escala de 0 a 10, a nota média dada para a importância de ter uma propriedade para morar fica em 9,7. Depois aparecem família (9,4), plano de saúde (9,2), negócio próprio (8,8), carro (8,5), filhos (7,9) e casamento (6,99). E para 95% das pessoas a casa é o seu local favorito e é onde 76% passam a maior parte do tempo.

A pesquisa também mostra que sete em cada dez brasileiros moram em imóvel próprio. São 62% dos imóveis no Brasil que estão quitados e 8%, financiados, com 27% das pessoas morando de aluguel.

Pandemia

Com o isolamento social provocado pela pandemia de Covid-19, nos últimos anos a casa virou o local onde as pessoas mais têm passado o tempo, sendo natural que alguns de seus cantos ganhem mais relevância, assim como a criação de novos hábitos. Segundo o Censo QuintoAndar de Moradia, o quarto é o cômodo mais querido entre a população (42%), seguido pela sala (26%) e pela cozinha (9%).

“Com a pandemia do novo coronavírus, a casa ganhou uma ressignificação e passou a ter um valor diferente com a mudança de comportamento da população”, afirma Thiago Reis, gerente de Data Communications da QuintoAndar.  

Entre os hábitos em casa que ganharam mais frequência desde o início da pandemia estão: orações (64%), tarefas domésticas (60%), cozinhar (56%) e ouvir música (56%) – sendo que cozinhar já era uma atividade frequente para 81% da população, assim como cuidar de plantas (69%) e receber amigos (76%).

O trabalho remoto também foi uma mudança em decorrência da crise sanitária, e uma em cada quatro pessoas (26%) começou a fazê-lo com mais frequência. Entre os trabalhadores que tiveram a oportunidade de trabalhar de casa, 42% têm ensino superior e a maior parte está em classes mais altas – na classe A, 48% das pessoas passaram a fazer home office.

Imóveis quitados

A maior parcela da população com imóvel quitado está localizada na região Norte (76%), seguida de Nordeste (73%), Sul (72%), Sudeste (67%) e Centro-oeste (65%), e quase a metade desses imóveis tem mais de 20 anos de construção (45%) e outros 23%, até dez anos.

Além disso, 88% das pessoas moram em casas – 75% em ruas abertas e 12% em vilas ou condomínios. Entre as classes econômicas, as casas também são predominantes, sendo 81% nas classes AB, 87% na C e 94% nas D e E. 

Ao avaliar a configuração mais comum dos imóveis, o Censo QuintoAndar de Moradia identificou que, em média, as residências têm dois quartos (47%) e um banheiro (65%). Além disso, 56% dispõem de garagem e 53%, de varanda.

De acordo com a pesquisa, 54% das pessoas já fizeram reformas em sua residência, 28% por motivos estéticos e 12% por motivos estruturais. Também foi identificado que o tamanho da casa não é de conhecimento da maioria dos brasileiros. Porém, entre os que sabem estimar, a maioria afirma que o imóvel tem entre 50 m² e 100 m². 

Fonte : R7

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