Com 81% dos leitos de UTI para casos de Covid-19 ocupados, Limeira planeja criar mais 8 vagas


Prefeito afirmou que é “real” possibilidade de uma nova restrição no atendimento do comércio e outras atividades consideradas essenciais em caso de “aumento excessivo” de casos da doença. Unidade de Referência para o Coronavírus em Limeira

Com taxa de ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) destinados a pacientes com Covid-19 em cerca de 81%, a Prefeitura de Limeira (SP) anunciou na tarde desta quarta-feira (17) que pretende criar mais oito vagas do tipo até a próxima semana.
O prefeito Mario Botion (PSD) disse que é “real” possibilidade de uma nova restrição no atendimento do comércio e outras atividades consideradas essenciais em caso de “aumento excessivo” de casos da doença.
Durante coletiva online, o secretário de Saúde, Vitor Santos, afirmou que a ocupação atual dos leitos de UTI “acende uma luz amarela” neste momento.
“Esse percentual ‘starta’ uma terceira etapa do nosso planejamento, que é a ampliação dos leitos de UTI. Já começamos a desenvolver esse trabalho para que nesta semana e na próxima consigamos ampliar um pouco mais ainda os leitos de UTI. A meta é chegar a 30. Neste momento, temos 22 leitos de UTI. Pode representar da parte técnica uma recomendação para o retorno à situação anterior, mas acima de tudo, nos impõe essa ampliação programada”, afirmou.

Ele explicou que na Unidade de Referência para tratamento da Covid-19 na cidade há mais 33 leitos clínicos que podem ser transformados em leitos de UTI “no momento adequado”.
Questionado sobre a possibilidade de retração na retomada econômica da cidade, Botion não descartou. “Se o grupo técnico [da prefeitura] observar que esse aumento está excessivo e vai causar problemas à nossa estrutura de saúde, certamente nós faremos aquilo que for tecnicamente recomendado pelo grupo técnico, independente do que o governo do estado determinar ou determinou dentro daquele faseamento de classificação”, afirmou.

Santos também observou sobre a responsabilidade das pessoas mais jovens, sobre o descumprimento do isolamento social. Segundo ele, a maior parte dos óbitos que ocorreram na cidade foram de pessoas idosas que “não circulavam pela rua normalmente”.
“Significa dizer que o vírus foi levado para dentro de casa exatamente por quem estava circulando pelas ruas. É muito importante que as famílias percebam isso. Às vezes, essa contaminação de quem não tem sintoma vai levar para dentro de casa e vai contaminar a vó, o tio mais idoso, um pai mais idoso, etc. É muito importante que essa responsabilidade chegue até os pequenos”, apontou.
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