Local recebe cerca de 200 toneladas de lixo por dia em Limeira
A Comissão de Meio Ambiente da Câmara retornou ao Aterro Sanitário nesta terça-feira, 19 de dezembro. Os vereadores foram recebidos pela chefe da Divisão de Resíduos Sólidos, Isabela Giacon, da Secretaria Municipal de Obras; e pelo gestor da Tecipar Engenharia e Meio Ambiente Ltda, Hélcio Bonet; que falaram sobre o funcionamento do local e apresentaram dados sobre o volume de lixo coletado na cidade.
Isabela explicou aos vereadores que o aterro sanitário é o local de disposição final, por isso não há separação de materiais que chegam nos caminhões de lixo entre recicláveis e orgânicos. Segundo ela, a separação do lixo reciclável precisa ser feita pela população, nos bairros atendidos pelos caminhões da coleta seletiva, que fazem a pesagem dos resíduos no aterro, mas levam os materiais para a Cooperativa de Reciclagem de Limeira (Coopereli).
Ainda sobre materiais recicláveis, de acordo com o gestor da Tecipar, das mais de 200 toneladas de lixo que chegam ao aterro diariamente, 49% é de lixo orgânico e 51% é não orgânico, são materiais como plástico, papelão, madeira e tecidos, por exemplo. Hélcio afirmou que 20% do lixo não orgânico poderia ser reciclado.
Os membros da Comissão de Meio Ambiente pontuaram que é preciso educar a população para separar o lixo reciclável e que a Prefeitura também precisa investir mais na coleta seletiva, dessa forma seria possível aumentar o tempo útil do aterro, proteger o meio ambiente e ajudar a gerar renda para os ecocoletores.
Funcionamento do aterro
Isabela e Hélcio descreveram como é estruturado o Aterro, segundo eles, primeiro o solo é impermeabilizado com uma geomembrana, que impede que o chorume produzido na decomposição do lixo infiltre e contamine o solo, há também um sistema de drenagem de chorume e de gás metano, que também é produzido pela decomposição do lixo.
Esse sistema de drenagem faz com que o chorume seja canalizado para grandes reservatórios, que eles chamam de lagoas, e o gás é expelido por chaminés construídas no solo. O lixo coletado na cidade é despejado no aterro no que eles nomearam como células, áreas delimitadas no terreno que recebem as porções de lixo, em seguida esse lixo é compactado e coberto por uma camada de argila, que recebe nova camada de lixo e argila, e assim sucessivamente até atingir a capacidade máxima da célula.
O chorume produzido da decomposição do lixo, armazenado nas lagoas, são transportados para uma estação de tratamento. Segundo Hélcio são enviados à estação 180 mil litros de chorume por dia.
No Aterro são recebidos resíduos vegetais, industriais e de construção civil. Os resíduos hospitalares são encaminhados para tratamento externo. Também há uma vala para enterrar animais mortos.
Comissão
A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara é responsável por fiscalizar a implementação de políticas públicas com temática relacionada à legislação de defesa do meio ambiente, agricultura, recursos hídricos, saneamento, poluição ambiental, flora, fauna, controle e proteção animal, solo e desenvolvimento sustentável. Compete ainda ao colegiado receber denúncias de violação dos direitos dos animais, além de estudar e propor alterações na legislação ambiental.
Fazem parte do colegiado os vereadores Tatiane Lopes (Podemos), presidente; Airton do Vitório Lucato (PL), vice-presidente, e Helder do Táxi (MDB), secretário.