Empregado que não foi promovido teria feito mudanças no sistema de produção e enviado informações sigilosas para terceiros. Fábrica da Tesla na Califórnia, EUA
Noah Berger/Reuters
O presidente-executivo da Tesla, Elon Musk, afirmou em mensagem aos funcionários da montadora de carros elétricos que um empregado da companhia promoveu “extensa e danosa sabotagem” ao supostamente ter feito mudanças de código de programação do sistema de produção e enviado informações sigilosas da empresa para terceiros.
A porta-voz da companhia, Gina Antonini, não comentou o email enviado por Musk aos funcionários na segunda-feira (18).
Musk afirmou na mensagem, obtida pela Reuters, que descobriu sobre o suposto caso de sabotagem durante o final de semana. O suposto sabotador não foi identificado.
“A extensão completa de suas ações ainda não são claras, mas o que ele admitiu até agora ter feito é muito ruim”, escreveu o executivo.
“A motivação declarada dele é que ele queria uma promoção que não recebeu.”
“Como vocês sabem, uma longa lista de organizações querem que a Tesla morra”, disse Musk no email, afirmando que a relação inclui investidores em Wall Street, companhias petrolíferas e montadoras rivais de veículos. Ele não citou nome de nenhuma empresa.
Elon Musk em conferência de imprensa em fevereiro de 2018
Joe Skipper/Reuters
Mais cedo, na segunda-feira, Musk enviou uma outra mensagem aos funcionários relatando um “pequeno incêndio” ocorrido em uma instalação da Tesla no domingo. Esta mensagem também foi obtida pela Reuters.
Na mensagem, a Tesla afirma que na noite de domingo houve um incidente na área de carrocerias, que não houve feridos ou danos significativos a equipamentos e que a produção já tinha retornado ao normal. A empresa não especificou o local do fogo.
Musk afirmou no email que apesar do fogo não ter sido um evento aleatório, “fiquem alertas sobre qualquer coisa que não esteja entre os melhores interesses da nossa companhia”.
Na semana passada, Musk anunciou demissão de 9% da força de trabalho da Tesla. O futuro da Tesla depende do aumento da produção do Model 3, que é o modelo mais “popular” da marca até agora.