Estudantes fazem passeata contra dengue no Ernesto Kühl

Alunos da Emeief Profª Maria Apparecida de Luca Moore percorreram na manhã desta quarta-feira (23) as ruas do Jd. Ernesto Kühl para conscientizar os moradores sobre a necessidade de prevenção à dengue. A ação é resultado de uma parceria entre a escola, que é mantida pela Prefeitura de Limeira, e a Divisão de Vigilância de Zoonoses. Houve, ainda, apoio do Sindsel, que disponibilizou um carro de som para acompanhar a caminhada.

Durante o trajeto, os 90 estudantes do quinto ano conversaram com a população local e distribuíram folhetos com orientações para eliminação dos criadouros do Aedes aegypti, o transmissor da dengue. Para chamar a atenção dos moradores, o evento contou com a presença do próprio mosquito da dengue, um boneco gigante colocado no alto do carro de som.

A orientadora pedagógica da Emeief, Juliana Carolina de Souza, afirmou que a prevenção à dengue vem sendo trabalhada em sala de aula desde o início do ano letivo. “Os alunos participaram de um aulão sobre a dengue, confeccionaram cartazes sobre o tema e gravaram a trilha sonora executada pelo carro de som”, comentou. As atividades, conforme Juliana, fazem parte de um conjunto de ações que culminará, em 2 de abril, com um evento especial no Parque Cidade, intitulado “Dengue não é brincadeira”.

Quanto à escolha do Ernesto Kühl para a ação, a gerente da Zoonoses, Pedrina Aparecida Rodrigues Costa, esclareceu que a área concentra boa parte dos casos confirmados de dengue desde o início do ano. Das 17 ocorrências registradas desde janeiro, oito localizam-se no bairro.

“Essa região apresenta uma importante transmissão de dengue, e por esse motivo, as ações de combate desenvolvidas pelos agentes de saúde estão sendo intensificadas, incluindo a nebulização”, afirmou. “Nesse contexto, a iniciativa dos estudantes soma-se a esse trabalho”, completou.

A aluna Jasmine Vitória Lins Martins, de 10 anos, estava ansiosa para iniciar a caminhada pelo bairro. Ela contou o que aprendeu para evitar a proliferação do mosquito. “A gente nunca pode deixar água parada.” Jasmine relatou que fez um cartaz sobre a doença na escola, atividade que ela considerou “eficaz” para a conscientização.

Já a amiga Isabella Correia Pereira, da mesma idade, afirmou que a preocupação em torno do coronavírus fez as pessoas esquecerem que a dengue existe. “Mas a dengue continua deixando as pessoas doentes. E além da dengue, o mosquito também causa a zika e a chikungunya”, observou.

Os perigos relacionados ao Aedes aegypti também foram mencionados por Luiza Fernanda Biazotto, igualmente aluna do quinto ano. “Um único mosquito pode picar muitas pessoas. A dengue é uma doença perigosa e pode até matar”, advertiu. Sobre a caminhada pelo bairro, ela salientou a importância de os alunos levarem os ensinamentos diretamente aos moradores. “Se um adulto receber o folheto da dengue de uma criança, talvez ele preste mais atenção”, resumiu.

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