Comunicadora de Piracicaba se reuniu com outras cinco mulheres de diferentes estados, durante a pandemia, para falar sobre medos; exercício virou coletânea de contos sobre o sentimento. Nem sempre todo mundo consegue falar abertamente sobre seus medos ou ao menos sabe o que o impede de alcançar um determinado objetivo. A assessora de comunicação Joyce Conde, de Piracicaba (SP), por exemplo, tinha medo de não ser boa o bastante, de ser incapaz de realizar seus desejos, mas conseguiu superá-lo.
Ela e mais cinco mulheres de diferentes estados do Brasil se reuniram, virtualmente, durante a pandemia do novo coronavírus e quebraram essa barreira, criando um livro de contos sobre o sentimento: “Os medos não fazem sentido”.
Capa do e-book “Os medos não fazem sentido”
Arquivo Pessoal
Por meio de um curso de escrita criativa gratuito oferecido pela escritora brasileira Laura Conrado, no Youtube, Joyce conheceu a microempresária Bruna Oliveira, do Rio Paraíba (MG), a pedagoga Natália Gonçalves, de São Paulo (SP), a jornalista Gabriela Cavalcante, de Parnamirim (RN), a pedagoga Ana Carolina Veloso, do Rio de Janeiro (RJ) e a professora Mariana Pfingstag, de Charqueadas (RS).
Encontro virtual das seis mulheres com a escritora Laura Conrado, para a criação do livro
Arquivo Pessoal
Segundo a assessora, depois do curso, as seis mulheres foram convidadas por Laura para fazer uma mentoria, onde participaram de um exercício de escrever um conto sobre seus medos. A atividade acabou resultando na criação do livro.
Ela explica que, para escrever o conto, precisou olhar para si mesma para entender o seus medos, ação que a própria pandemia a permitiu que fosse feita.
“Depois que escrevemos e lemos os contos uma das outras, vimos que nossas histórias se cruzavam, então começamos a trabalhar no projeto da montagem do livro”, contou.
Joyce Conde, escritora do conto “Um girassol, algumas cervejas e as estrelas de testemunhas”
Arquivo Pessoal
Mesmo sem se conhecerem, as seis mulheres conseguiram contar umas às outras, por meio dos contos, o que as impediam de alcançar seus objetivos, mostrando assim que, juntas, podem ajudar umas às outras a superarem seus medos.
“A gente fez o que o ser humano tem muita dificuldade de fazer, que é falar sobre nossas fraquezas. Nós seis abrimos o coração umas para as outras e assim, nos unimos e demos força umas para as outras para que nossos medos fossem superados”, declarou Joyce.
No conto de Joyce, “Um girassol, algumas cervejas e as estrelas de testemunhas”, ela fala que é preciso acreditar em si mesmo e entender do que se é capaz.
Durante a leitura, é possível perceber a autora fazendo uma brincadeira de conversar com um girassol, que representa seu consciente na busca pelo autoconhecimento.
Ao todo, o livro “Os medos não fazem sentido” tem seis contos:
“E se tudo der certo?”, de Bruna Oliveira;
“Um girassol, algumas cervejas e as estrelas de testemunhas”, de Joyce Conde;
“Devaneios”, de Natália Gonçalves;
“Dia de desapego”, de Ana Carolina Veloso;
“O banco do motorista”, Gabriela Cavalcante;
“Eleva(dor)”, de Mariana Pfingstag.
Joyce acredita que os medos não fazem sentido porque eles prejudicam a própria pessoa e que o livro possa ajudar aqueles que também têm medos que acabam se “autossabotando”, embora desejem se libertar deles.
“Eu entendi o meu medo, o agradeci e depois eu segui em frente. Eu trabalhei nele, e esse é o meu conselho para aqueles que também querem superar seus medos”.
As mulheres fizeram uma autopublicação na plataforma da Amazon e o livro, em forma de e-book, pode ser adquirido por R$ 1,99. Na pré-venda foram vendidos 160 exemplares e em poucos dias depois do lançamento, na última quinta-feira (17), foram vendidos e baixados mais de 500 cópias.
*Sob supervisão de Samantha Silva, do G1 Piracicaba e Região
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