No próximo sábado (08), os restos de um foguete Long March 5B chinês devem cair na Terra. O problema é que esses destroços possivelmente pesam várias toneladas e ninguém conseguiu descobrir onde será o ponto exato da reentrada descontrolada.
Segundo os cálculos científicos realizados até o momento, a órbita do objeto indica que os possíveis pontos de pouso estão em qualquer lugar na faixa de latitude que vai do norte – pouco além de Nova York, Madri e Pequim – até o ponto mais ao sul do Chile e a cidade de Wellington, na Nova Zelândia. A possibilidade da queda em território americano vêm preocupando os Estados Unidos, que está monitorando a faixa que pode ser atingida.
Para Wang Ya’nan, editor-chefe a revista Aerospace Knowledge, o perigo é quase nulo: “a maior parte dos destroços queimará durante a reentrada na atmosfera terrestre, deixando apenas uma pequena porção que pode cair no solo, e que deverá pousar em áreas distantes das atividades humanas ou no oceano”, disse em entrevista ao China Global Times, que pertence ao grupo oficial do Partido Comunista chinês.
Lixo espacial produzido por humanos
O professor Steven Freeland, membro do Conselho Consultivo da Agência Espacial Australiana, afirmou em um artigo publicado no site The Conversation, que estes devem ser alguns dos maiores destroços produzidos pelo ser humano a reentrarem na nossa atmosfera.
O foguete que está em rota de colisão com a Terra decolou no dia 29 de abril do espaçoporto de Wenchang, na China, levando o módulo Tianhe – parte central do que será a Tiangong-3, a próxima estação espacial chinesa – para a órbita. Após 492 segundos de voo, ele está voltando lenta e imprevisivelmente para nosso planeta.