O governo de São Paulo determinou nesta terça-feira (22) medidas de endurecimento da quarentena com o aumento nas restrições de funcionamento de bens e serviços em todo estado.
De acordo com o anúncio, apenas serviços essenciais como transporte, saúde, padarias, mercados e farmácias poderão funcionar nos dias 25, 26 e 27 de dezembro e 1, 2 e 3 de janeiro.
“A gente precisa lembrar que não estamos em um momento de festas, nem de aglomerações. É nesses momentos que esse risco de descontrole da pandemia acontece e o mundo inteiro agora está aplicando medidas específicas neste momento. São Paulo sempre se diferenciou do resto do Brasil por honrar o seu compromisso de tomar as decisões no momento necessário e é isso que estamos fazendo agora”, disse a secretária de desenvolvimento econômico, Patrícia Ellen.
A mudança só não será temporária para Presidente Prudente. Por conta do avanço nos casos e da falta de leitos de UTI, a região passa a ficar, até a próxima reclassificação, na fase vermelha, a mais restritiva do plano de flexibilização econômica.
“Essas medidas que nós estamos tomando são medidas duras, nenhum de nós aqui gosta de tomar esse tipo de medida, a gente sabe o sacrifício que todos estão fazendo, a gente sabe o sacrifício que setores da economia têm enfrentado nesse período, mas nós temos que fazer uma opção, a opção pela segurança, a opção por não corrermos riscos”, afirmou o secretário-executivo do comitê de saúde, João Gabbardo.
O governo também anunciou que em janeiro nenhuma região vai para fase verde, a menos restritiva, e que a reclassificação do estado, que estava marcada para o próximo dia 4, foi adiada para o dia 7 de janeiro.
“Em janeiro, nenhuma região irá para fase verde. Isso foi uma recomendação do Centro de Contingência. É muito importante nós entendermos o momento que estamos vivendo”, completou a secretária.
Aeroportos e comércio popular
Gabbardo considerou ser “inadmissível” as aglomerações para embarque em aeroportos, como as registradas nos últimos dias em Guarulhos e na capital paulista.
“Não pode acontecer o que aconteceu ontem no aeroporto de Guarulhos, aquela é uma cena que é indescritível. Não tem como a gente explicar que a administração do aeroporto tenha deixado ocorrer o que aconteceu ontem no aeroporto de Guarulhos é inadmissível que as empresas aéreas que foram as maiores prejudicadas nesse processo não estão tendo o planejamento e o cuidado com o atendimento das pessoas que vão lá fazer Check in. Está faltando pessoal, está faltando o quê? Qual o problema? É um problema de planejamento, é inadmissível o que aconteceu ontem”.
“Esse comércio informal, que aqui em São Paulo ocorre em várias regiões, deve ser evitado. Deve ser evitado pelas pessoas que buscam e deve ser evitado pelas pessoas que fornecem os produtos, quem sabe pensaram em fazer um escalonamento alguns desses vendedores vão no período da manhã, outros no período da tarde, porque quem faz isso, se não tiver esse cuidado, mais adiante vai ter suspensão das suas atividades.”
Ainda segundo Gabbardo, o crescimento do número de casos de Covid-19, provocado pelo desrespeito às regras sanitárias, poderá levar o governo a determinar medidas ainda mais restritivas, como o fechamento dos aeroportos.
por g1.com.br