A Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia elevou nesta quinta-feira (17) de 4,25% para 6,70% sua estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) neste ano.
O INPC é a base da correção anual do salário mínimo pelo governo. Se esse aumento previsto se confirmar e não houver mudança no cálculo, o reajuste do salário mínimo em 2023 também será maior que o estimado anteriormente.
Atualmente, o salário mínimo está em R$ 1.212. Com a nova previsão para o INPC no acumulado de 2022, o valor subiria para R$ 1.293 a partir de janeiro do ano que vem – um aumento de R$ 81.
Essa é uma estimativa provisória. Se a inflação de 2022 ficar acima dos 6,7% estimados pela área econômica, o valor para o salário mínimo também será maior no ano que vem.
A projeção de R$ 1.293 para o salário mínimo em 2023 considera que o governo manterá a sistemática adotada nos últimos anos, de não conceder aumento real (acima da inflação).
De acordo com informações do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o salário mínimo serve de referência para 50 milhões de pessoas no Brasil, das quais 24 milhões de beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
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IMPACTO NAS CONTAS PÚBLICAS
Um reajuste maior no salário mínimo também faz com que o governo federal gaste mais. Isso porque os benefícios previdenciários não podem ser inferiores ao valor mínimo.
De acordo com cálculos do governo, a cada R$ 1 de aumento do salário mínimo cria-se uma despesa em 2022 de, ao menos, R$ 365 milhões.