Inflação para abril tem alta de 1,06% e é a maior desde 1996

A inflação oficial do país bateu novos recordes no mês de abril. A alta de 1,06% foi o maior resultado para este mês desde 1996. No ano, o indicador acumula alta de 4,29% e, nos últimos 12 meses, os preços já subiram 12,13%, o que é o maior valor desde outubro de 2003. Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) que foi divulgado nesta quarta-feira (11) pelo IBGE.

Os principais impactos no mês passado, vieram dos alimentos e bebidas, que encareceram 2,06%. Logo atrás, vem o grupo dos transportes, com aumento de 1,91%. Juntos, esses dois grupos contribuíram com cerca de 80% do IPCA.

E mais uma vez, a gasolina foi o subitem que mais contribuiu com o aumento geral, após subir mais 2,48% em abril, provocando uma elevação de 3,20% no preço dos combustíveis.

Isso contribuiu ainda para que a inflação geral batesse outro recorde no mês passado: o índice de difusão, que mede a quantidade de itens que tiveram aumento, ficou em 78,25% – a maior proporção desde janeiro de 2003.

Analistas destacam que a alta geral foi freada pela queda de 6,47% nas tarifas de energia elétrica, graças à mudança para a bandeira verde. Por causa disso, o grupo habitação teve recuo de 1,14% nos preços, mas foi o único a apresentar deflação no mês.

Por outro lado, a autorização do reajuste dos medicamentos em até 10,98%, elevou o preço dos produtos farmacêuticos em 6,13% e fez com o que o grupo saúde e cuidados pessoais tivesse alta de 1,77%.

Já a inflação dos alimentos e bebidas foi provocada principalmente pelo aumento dos itens consumidos em domicílio. E os maiores aumentos foram medidos em produtos que já tinham ficado mais caros.

O IBGE também registrou recorde na inflação para as famílias de baixa renda, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que subiu 1,04% em abril, a maior variação em 19 anos. Em 2022, o INPC acumula alta de 4,49% e, que chega a 12,47% nos últimos 12 meses.

Houve aumento dos preços em todas as regiões pesquisadas. Enquanto os produtos não-alimentícios subiram 0,66%, os alimentícios ficaram 2,26% mais caros.

Fonte: Agência Brasil

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