A Justiça de Limeira (SP), tornou réus oito pessoas acusadas de desvios de emendas parlamentares no valor de R$ 1,6 milhão destinados à Santa Casa de Limeira. Entre os acusados pela Justiça, estão dois ex-deputados estaduais, dois ex-provedores, uma ex-diretora da Santa Casa e três pessoas donas de empresas laranjas.
De acordo com o Ministério Público, o inquérito concluiu que os denunciados integravam uma organização criminosa com o objetivo de obter benefício econômico. Entre eles estão os ex-deputados estaduais Antonio Mentor de Mello Sobrinho e Feliciano Nahimy Filho. Os ex-provedores da Santa Casa Luiz Alberto Batistella (2005-2011) e Antonio Eduardo Francisco (2011-2014), além da ex-diretora Maria Margarete Soares Pisani (2006-2013).
A promotora Débora Bertolini Ferreira Simonetti, relatou que os oito réus são acusados de atuar em conjunto no desvio de valores referentes a três emendas parlamentares para o hospital, entre os anos de 2011 e 2014. Segundo ela, o primeiro repasse, aconteceu em 2012 por indicação do ex-deputado Antonio Mentor no valor de R$ 750 mil, e teve um prejuízo de R$ 364 mil. O segundo repasse no mesmo ano, foi do ex-deputado Feliciano Filho, no valor de R$ 1,485 milhão, teve o desvio de R$ 824.606,12 e o último repasse foi de R$ 1,1 milhão, com prejuizo ao erário de R$ 483.969,60. De acordo com a denúncia, o valor total desviado, atualizado seria de R$ 2.273.329,75.
A denúncia traz que Luis Antonio Vedoin e Ronildo Pereira já eram conhecidos por desvios de verbas da saúde em Presidente Venceslau. Pessoas ouvidas no processo de Presidente Venceslau, firmaram acordo de colaboração premiada e apontaram evidências que auxiliaram para a investigação dos desvios na Santa Casa de Limeira.
Os dois teriam se unido ao lobista da Alesp Francisco das Chagas Martins, e criado então empresas fantasmas para a venda de equipamentos hospitalares superfaturados para hospitais ou entidades filantrópicas, em conjunto de deputados dispostos a indicar emendas parlamentares, mediante comissão de 10% ao deputado.
Segundo a denúncia do MP, o esquema em Limeira teria sido combinado com o provedor e a diretora da Santa Casa da época.
Luiz Alberto Batistella e o atual secretário municipal de administração.
Matéria: Igor Sedano