Limeira registra segundo período com menos chuvas desde 2013, aponta concessionária

No acompanhamento feito pela BRK, o volume pluviométrico de 2024 no período entre janeiro e agosto só não foi pior que o registrado em 2014

Reprodução/BRK

De janeiro a agosto deste ano, choveu em Limeira o equivalente a 583 milímetros (mm), conforme dados do acompanhamento pluviométrico realizado pela BRK, concessionária responsável pelos serviços de água e esgoto no município. Isso faz de 2024 o segundo ano mais seco desde que a série histórica se iniciou, em 2013. Somente em 2014 choveu menos nos oito primeiros meses do ano. Na ocasião, foram apenas 505 mm.

 Os dados são coletados na Estação de Tratamento de Água (ETA) localizada no Parque Hipólito e na captação de água, situada no rio Jaguari. No comparativo com 2023, por exemplo, a queda no volume de chuvas na cidade chega a 43,2%. No ano passado, nos primeiros oito meses, choveu o equivalente a 1.027 mm.

O período de estiagem em todo o Estado neste ano começou antes do esperado e já provoca reflexos no nível dos rios. O rio Jaguari, principal manancial de captação de Limeira, opera nesta semana com vazão de 3 metros cúbicos por segundo. O montante está acima do mínimo necessário, que é de 1m³/s, o que mantém a operação normal do sistema. O estado, contudo, é considerado de atenção. O mesmo ocorre com o ribeirão Pinhal, que nesta semana tem 62% de sua capacidade operacional, enquanto o mínimo exigido é de 60%.

Menos chuvas e mais focos de queimadas na cidade

Daniel Makino, gerente de Eficiência Operacional da BRK, alerta que, além das atividades da concessionária, é importante que todos mantenham a prática de consumo responsável da água neste período marcado por poucas chuvas e temperaturas acima da média. O quadro é agravado pela baixa umidade e pela má qualidade do ar, causada pelo grande número de queimadas registradas na cidade e região.

De janeiro a setembro de 2024, segundo dados do Corpo de Bombeiros, o número de focos de incêndio em vegetação aumentou 200% (subindo de 240 para 780 ocorrências) na cidade no comparativo com o ano anterior. Além da piora do ar, a fumaça proveniente das queimadas e a fuligem leva a um aumento do uso da água tratada para serviços de limpeza.

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