Mãe mata filha espancada após descobrir suposta relação sexual; criança havia sido proibida de ir à escola

Luna Nathielli Bonett Gonçalves, de 11 anos, foi morta na última quinta-feira (14) em Timbó (SC), pela própria mãe. A mulher confessou que matou a filha com socos e chutes como forma de represália, já que não aceitava que a menina havia se tornado “sexualmente ativa”.

Conforme o atestado de óbito, a criança sofreu politraumatismo – ela foi encontrada com diversos sinais de violência pelo corpo. A menina tinha lesões internas no crânio, baço, pulmão, intestino e uma laceração na vagina. O rosto da menina também estava machucado. No depoimento, a mãe ainda disse que deu banho e colocou a criança para dormir após agredi-la.

A mulher está presa preventivamente desde o sábado (16). Além dela, o padrasto da criança também chegou a ser detido.

Conforme depoimento à polícia, ao descobrir supostamente que a filha mais velha tinha um namorado e mantinha relações sexuais com ele, a mãe teve um ataque de raiva e espancou Luna a socos e chutes. “Ela contou que foi prostituta e não queria que as filhas seguissem pelo mesmo caminho. Por isso não aceitava que ela tivesse esse tipo de relações”, detalha o delegado André Beckman Pereira, que está à frente da investigação.

A polícia aguarda o resultado de laudos da perícia para ter mais informações para a investigação. A polícia quer descobrir se houve violação sexual da vítima e quem teria cometido, além de querer saber se a menina já havia sido agredida antes. A polícia também espera pelo laudo de examinação do local do crime.

ESCOLA NOTIFICOU FALTAS

A escola onde estudava a garota havia comunicado o Conselho Tutelar do município sobre as faltas da estudante. A informação foi divulgada em nota pela Secretaria de Estado da Saúde (SED) nesta terça-feira (19).

De acordo com o texto, o órgão foi comunicado no dia 5 de abril, por meio de ferramenta do Programa de Combate à Evasão Escolar (Apoia). O delegado informou que a menina e a irmã dela, de 6 anos, não compareceram às aulas durante todo o mês de abril.

Segundo a Polícia Civil, a família teria proibido a menina e a irmã mais nova de irem à instituição de ensino porque Luna teria arrumado um namorado lá. “Ela teria descoberto a situação [do namorado] e pretendia mudar as crianças de escola”, afirmou André Beckman. Segundo o delegado, a família chegou a pedir os documentos para fazer a transferência.

Com informações de G1

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