A necessidade de um reforço na imunização contra qualquer doença evitável por meio de vacinas só é apontada a partir da queda de proteção conseguida anteriormente por um esquema vacinal completo. No caso da Covid-19 não é diferente e a pessoa é considerada protegida a partir da aplicação de três doses de imunizante.
Enquanto algumas cidade e estados brasileiros programam a aplicação da 4ª dose para conter a pandemia, especialistas e o Ministério da Saúde indicam que ainda não é a hora de discutir ou indicar mais uma aplicação.
“Não há nenhuma evidência que temos de dar a quarta dose para ninguém. Se for notada que os indivíduos que receberam as três doses, passado um determinado tempo, começaram a perder a proteção, aí é recomendada o reforço com a melhor vacina que estiver disponível à época”, explica Renato Kfouri, diretor da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações).
“Hoje, não há nenhuma evidência de perda de proteção. Essa preocupação é completamente extemporânea [fora do tempo apropriado]. É uma discussão que deve ser feita, os profissionais devem ficar de olho nos indicadores. Mas não é o momento de anunciar uma data, como o Governo de São Paulo quer anunciar o dia 4 de abril.”, acrescenta o infectologista.
Fonte : R7