São cumpridos 94 mandados de busca e um de prisão em 20 estados brasileiros e no Distrito Federal
A Polícia Civil de São Paulo e o Ministério Público, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de São José do Rio Preto, deflagraram nesta quinta-feira (31) a operação Lobo Mau para desarticular uma rede criminosa envolvida na produção, armazenamento e compartilhamento de material de abuso sexual infantil. Foram expedidos 94 mandados de busca e um de prisão em 20 estados e no Distrito Federal.
Essa é a segunda fase da operação. As investigações revelaram que criminosos contatam crianças e adolescentes em plataformas digitais, como chats de jogos infantis e redes sociais, e manipulavam as vítimas para produzirem conteúdos de nudez, que depois eram divulgados.
Um mandado de prisão foi expedido contra um suspeito, acusado de produção, armazenamento e compartilhamento de material pornográfico infantil.
Até o momento, dispositivos eletrônicos e outros equipamentos usados no crime foram apreendidos para análise forense, com o objetivo de identificar outros envolvidos.
A força tarefa foi organizada com o apoio da agência Homeland Security Investigations (HSI) e da Embaixada dos Estados Unidos.
Participam da operação equipes das Polícias Civis e Ministérios Públicos do Acre, Bahia, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Rio Grande do Sul e Sergipe. A ação também conta com o apoio das Polícias Militares de São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso.
O nome da operação faz referência ao criminoso predador sexual que se esconde atrás de uma fachada de normalidade para se aproximar da vítima, ganhar a confiança dela e depois atacá-la, situação que é potencializada enormemente no ambiente virtual.