A Prefeitura de São Paulo informou, na noite de 5ª feira (5), que suspendeu cautelarmente o pagamento do show realizado pela cantora Daniela Mercury no último domingo (1º.mai). O evento, planejado para celebrar o Dia do Trabalhador, foi financiado com recursos do município por meio de emenda parlamentar e contou com a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de outros líderes políticos.
Na última 4ª feira (4.mai), um procedimento já havia sido aberto pela Controladoria-Geral do Município (CGM), uma vez que, em tese, recursos municipais não poderiam pagar por eventos com manifestações partidárias. Segundo a prefeitura, a suspensão do cachê da cantora permanecerá em vigor até o final do procedimento de apuração dos fatos e de eventuais responsabilidades.
A empresa Califórnia Produções e Edições Artísticas LTDA – ME intermediou a transação, firmada por indicação de emenda parlamentar apresentada pelo vereador Sidney Cruz (Solidariedade). O congelamento do pagamento segue em vigor até o fim do procedimento de apuração dos fatos e de eventuais responsabilidades.
Neste caso, o contrato para o show foi firmado pela emenda do vereador Sidney Cruz (Solidariedade), no valor de R$ 360 mil, dos quais R$ 187 mil foram utilizados. Outros vereadores também apresentaram emendas parlamentares para o evento, como Alfredinho e Eduardo Suplicy, ambos petistas, mas destinaram os recursos para contribuir com a estrutura do evento e não para o show da cantora.
A gestão municipal acrescenta ainda que “o evento de 1º de Maio é organizado e realizado, anualmente, pelas centrais sindicais, responsáveis pela curadoria e conteúdo exposto durante o evento”.