Fernando Capez, diretor do órgão, afirma que empresa não pode adotar procedimentos sem comprovação científica e sem informar pacientes.
O Procon-SP notificou a operadora de saúde Prevent Senior pedindo explicações a respeito das denúncias sobre tratamento experimental em seus pacientes e ocultação de informação de mortes em estudos para testar a eficácia do chamado kit Covid, com medicamentos como cloroquina, ivermectina, azitromicina e sessões de ozonioterapia no tratamento do coronavírus.
De acordo com Fernando Capez, diretor executivo do Procon, a empresa deverá apresentar a íntegra do estudo citado na denúncia, demonstrar sua conclusão e comprovar que os pacientes, ou seus responsáveis legais, foram alertados sobre riscos do tratamento e que concederam autorização para fazer parte do estudo.
“Se a empresa agiu deste modo, incorreu em prática abusiva”, explica Capez
“A Prevent não pode adotar um tratamento ainda não cientificamente comprovado sem informar os pacientes de todos os riscos e da incerteza do prognóstico. Ao fazê-lo abusou da idade, inexperiência e falta de conhecimento do consumidor, deixando de passar informação essencial. Se de fato a empresa agiu deste modo, incorreu em prática abusiva”, afirma Fernando Capez.
O Procon-SP também quer que a operadora apresente comunicações prévias a autoridades sanitárias de que os pacientes com Covid-19 (ou com a suspeita da doença) seriam submetidos a esse procedimento. A empresa também deverá informar quantas pessoas foram submetidas ao tratamento, qual o período de duração, quantas pessoas morreram e quais as causas declaradas dos óbitos.