A Secretaria de Meio Ambiente e Agricultura de Limeira informa que a campanha de vacinação contra a febre aftosa no Estado de São Paulo encerra-se dia 30 de novembro. Devem ser vacinados bovinos e bubalinos com até 24 meses de vida. Após o procedimento, o pecuarista tem até 7 de dezembro para declarar a vacinação, por meio do sistema informatizado de Gestão de Defesa Animal e Vegetal (Gedave).
Concluída essa etapa, a vacinação contra a febre aftosa será suspensa em São Paulo, conforme determinação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). A medida será adotada porque o Estado se tornará zona livre da doença sem vacinação, assim como já ocorre no Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Tocantins.
O engenheiro agrônomo da prefeitura, Matheus Docema, esclarece que a febre aftosa é uma doença contagiosa, causada pelo vírus da família Picornaviridae, que atinge bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos e suínos. O vírus se espalha por meio do contato com animais doentes, acometendo rapidamente criações inteiras. A doença não afeta cavalos, cachorros, gatos ou seres humanos.
Os animais que apresentam febre aftosa desenvolvem sintomas característicos, como dificuldade para se alimentar, perda de peso, salivação excessiva, febre e surgimento de aftas, principalmente na boca e nos pés. “A doença gera grandes perdas econômicas aos pecuaristas, desencadeando problemas na produção e na comercialização de carne e de leite, daí a importância da vacinação”, enfatizou Docema.
BRUCELOSE
Dia 30 de novembro também é a data limite para que os rebanhos sejam vacinados contra a brucelose. Obrigatória, a imunização é administrada em uma única dose em todas as fêmeas bovinas e bubalinas, com idades entre 3 e 8 meses. Os machos, por sua vez, não devem ser vacinados.
Concluída a vacinação, o criador tem até 7 de dezembro para declarar o procedimento, também por meio do Gedave. Docema destaca que a vacina deve ser administrada por um médico-veterinário cadastrado na Defesa Agropecuária, que além de garantir a correta aplicação do imunizante, fornece o atestado de vacinação ao produtor.
A brucelose bovina é uma doença infectocontagiosa de caráter crônico, causada por bactérias do gênero Brucella. No animal, pode ocasionar abortos no último trimestre de gestação. A principal fonte de infecção é a vaca prenhe, que elimina grandes quantidades do agente no parto, no aborto e em todo o período puerperal (até 30 dias após o parto), contaminando as pastagens, a água e os alimentos. Essas bactérias podem permanecer ativas no meio ambiente por longos períodos, tornando-se crônica.
A enfermidade é de notificação obrigatória ao Mapa e à Organização Mundial da Saúde Animal (OIE). Sua incidência, conforme Docema, traz inúmeros prejuízos econômicos, como a depreciação do valor da propriedade, diminuição da produção de carne e leite, aumento do intervalo entre partos e queda na taxa de natalidade da espécie.
“Tanto a febre aftosa quanto a brucelose são doenças graves e que podem desencadear sérios prejuízos ao agronegócio, no entanto, elas podem ser evitadas por meio da vacinação”, ressaltou a secretária de Meio Ambiente e Agricultura, Simone Zambuzi.