Segue internado em estado grave no Hospital Estadual de Sumaré (HES) o morador de Rio Claro, de 48 anos, que caiu de uma altura de aproximadamente 20 metros, em um acidente com parapente na tarde de domingo (17) em Limeira. A informação foi confirmada pela assessoria da unidade.
A vítima sofreu uma fratura na região lombar após a queda e precisou ser socorrida pelo helicóptero Águia da Polícia Militar (PM), sendo levada para atendimento em Sumaré.
Ele foi resgatado consciente e, em breve, deve passar por cirurgia no hospital.
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O ACIDENTE
A queda ocorreu durante um voo de parapente na tarde deste domingo no Morro Azul, área rural de Limeira. O local é frequentado por populares para práticas de voo livre no município, como parapente ou paraglider.
Segundo o Corpo de Bombeiros, o acionamento da equipe para o socorro foi por volta das volta de 15h. Testemunhas informaram, no local, que o homem havia perdido o controle do parapente ao ser atingido por um vento forte.
As pessoas ouvidas na área disseram ainda que o vento estava mudando constantemente, alternando velocidades e dificultando o controle dos equipamentos de voo livre.
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FENÔMENOS CLIMÁTICOS
Segundo especialistas em voo livre, o vento é um dos fenômenos climáticos mais importantes a serem observados durante a prática da atividade, além da intensidade da atividade térmica e a nebulosidade.
O vento ideal para a decolagem é entre 5 km/h e 15 km/h. Quando o vento está mais forte, o voo não é recomendado devido ao risco de o praticante ser “arrastado” durante a decolagem.
A atividade térmica diz respeito às correntes de ar quente ascendentes. São elas que fazem o parapente voar alto sem a necessidade de propulsão, assim como acontece com aves como as águias e os gaviões. Mas as correntes podem gerar muita turbulência, por isto não é recomendado o voo quando a atividade térmica está alta, ou seja, quando existes muitas corrente de ar quente em circulação.
E as nuvens são ótimos referenciais da atividade térmica. Devem ser evitadas nuvens grandes e escuras pois, além de chuva, podem provocar ventos e correntes ascendentes fortes que oferecem risco ao voo livre. Pela perda de visibilidade é proibido entrar com o parapente dentro das nuvens.