A menos de uma semana da data prevista para a votação da PEC do estouro, os parlamentares ainda não entraram em um acordo sobre como será a estrutura da proposta. Além do texto apresentado pela equipe de transição, outras duas versões tramitam paralelamente à minuta original, com valores mais enxutos e prazos divergentes da vontade do novo governo.
A queda de braço mais acirrada, segundo integrantes da equipe de transição, está no Senado. Aliados do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), aproveitaram o quórum alto da sessão plenária desta terça-feira (22) para articular pessoalmente com alguns senadores como Renan Calheiros (MDB-AL) e Reguffe (sem partido-DF).
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), confirmou que o único consenso até então é sobre a necessidade de abrir espaço fiscal para as demandas do novo governo. “Sobre a PEC não há consenso. A pretensão do governo é o maior tempo possível, ou indeterminado, mas é claro que não encontra ressonância no Congresso. A discussão será travada nos próximos dias”, indicou Pacheco.
Para definir o calendário de tramitação da proposta, segundo Pacheco, é preciso apresentar o texto final. Dentro do trâmite regular, a matéria será analisada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, na sequência, no plenário. Para aprovação de uma PEC é necessário o aval de três quintos dos senadores (49 dos 81 votos possíveis), em dois turnos de votação.
Matéria Completa AQUI