Sobem os preços de combustíveis e alimentos no atacado

A partir desta quinta-feira (12), a gasolina e o diesel ficam mais caros nas refinarias. A Petrobras anunciou reajustes de 6% para a gasolina e de 5% para o diesel. O que significa, segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), aumento de cerca de R$ 0,08 por litro de diesel e de R$ 0,09 por litro da gasolina.

O aumento segue a valorização do preço do petróleo no mercado internacional, que tem subido, nos últimos dias, beirando os US$ 45/barril.

Importante também destacar que o preço de refinaria representa apenas parte do valor de venda dos combustíveis na bomba, portanto, o repasse do aumente para o consumidor depende dos postos e das políticas tributárias de cada estado.

O levantamento mais recente na Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) sobre o preço praticado nas bombas é da semana encerrada em 7 de novembro. No período em questão, a gasolina comum foi vendida no país ao preço médio de R$ 4,34 o litro e o diesel, a R$ 3,47.
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ETANOL
Na semana passada, o preço médio do litro de álcool subiu de R$ 3,03 para R$ 3,05. Foi o terceiro aumento seguido, aponta pesquisa feita pela ANP em postos de todo o país.

O avanço de dois centavos foi pequeno, mas suficiente pra fazer com que, na média, a gasolina, cujo preço registrou uma pequena queda (para R$ 4,34), se tornasse mais vantajosa, pra quem tem carro flex.

É que um veículo abastecido com etanol roda cerca de 30% menos.
Por isso, o motorista deve sempre fazer as contas antes de encher o tanque. Hoje, com a gasolina a R$ 4,34, o álcool só vale a pena se o litro custar até R$ 3,02.

Porém, é importante lembrar que essa diferença de 30% no rendimento pode variar de acordo com o terreno, o estilo de dirigir e o tipo de carro, por exemplo. Sem falar que os preços da gasolina e do álcool também variam, de uma região do país para outra.

Além do consumo maior, com cada vez mais gente na rua, o etanol mais caro seria consequência do fato de que a safra de cana entrou na reta final. Normalmente, os preços começam a subir nessa época, quando a oferta diminui, e voltam a cair somente no começo do ano seguinte, quando a colheita é retomada.
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ALIMENTOS
Os alimentos ficaram mais caros no atacado. Nas unidades da Ceagesp houve uma forte alta, em outubro, de quase 8%. Reajuste que é normalmente repassado para o consumidor.

O aumento tem relação direta com o clima quente e seco, que castigou as plantações e derrubou a oferta de vários produtos. Além disso, a alta do dólar faz com que a despesa do agricultor cresça bastante, uma vez que boa parte dos defensivos e das sementes vêm de fora.

A maior alta no mês passado, na casa dos 17%, ficou por conta dos legumes. Ervilha torta, tomate caqui, chuchu, vagem macarrão e quiabo, por exemplo, subiram mais de 40%.

Entre as frutas, o avanço foi puxado, principalmente, pelo mamão formosa, cujo preço dobrou. Enquanto, no caso das verduras, o destaque negativo foi o coentro, que ficou quase três vezes mais caro. E, no grupo alimentos diversos, chama a atenção a batata: a asterix subiu 41% e a inglesa, 16%.

O único setor a registrar preços menores foi o de pescados, principalmente porque o salmão ficou 10% mais barato.

(Agência Rádio2)

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