O Estado de São Paulo teve, nesta 9ª semana epidemiológica, 14,7% a mais de internações por covid-19 do que o registrado no pico da primeira onda da doença, em julho do ano passado. O tempo que os pacientes passam nas Unidade de Terapia Intensiva (UTI) também aumentou e passou do intervalo de sete a 10 dias de permanência nos leitos para 14 dias de internação. As informações foram confirmadas pelo secretário estadual de saúde, Jean Gorinchteyn, durante coletiva de imprensa nesta segunda-feira (1º).
Em relação ao número de casos, houve um aumento de 9,7% comparado à semana epidemiológica anterior. Na sexta-feira (26), foi registrado 13% de elevação no número de novas internações. Nesta segunda-feira, o aumento de novas internações tanto de enfermaria quanto de UTIs foi de 18,3%. “Temos que parar a velocidade e a instalação da pandemia. Imploramos, já não pedimos, que a população colabore”, disse o secretário.
O coordenador executivo do Centro de Contingência da Covid-19, João Gabbardo, afirmou que o momento que o país vive em meio a segunda onda da doença é crítico. “O país inteiro está colapsando, então, não é mais possível que as medidas fiquem na responsabilidade apenas dos gestores estaduais, governadores e prefeitos. É impossível que a gente fique nessa pandemia sem uma unificação de conduta, do que pode e o que não pode”, diz.
“O Ministério da Saúde tem de assumir as responsabilidades desse processo, deve dizer a partir de agora que está proibido qualquer tipo de aglomeração e evento, o toque de recolher a partir das 20h em todo o país, o fechamento das praias por um determinado período, o reconhecimento de um estado de emergência e um Plano Nacional de Comunicação. Isso é fundamental para que tenhamos algum resultado daqui para frente.”