Viação vai assumir contrato emergencial do transporte de Piracicaba com 40% da frota


Contrato é de seis meses e a Trans Acreana vai assumir com 80 veículos, a partir deste sábado, às 5h. Via Ágil pediu rescisão alegando agravamento de déficit durante a pandemia. Terminal Pauliceia, em Piracicaba: mudança na empresa que opera o transporte
Reprodução/ EPTV
A Prefeitura de Piracicaba definiu nesta quarta-feira (13) a empresa que vai assumir o sistema de transporte público a partir deste sábado (16), substituindo a Via Ágil. A Trans Acreana assinou um contrato emergencial de seis meses e, segundo a prefeitura, vai começar a operar com 80 ônibus, o que representa 40% da frota.
A empresa assume o serviço após a Via Ágil pedir rescisão do contrato, sob alegação de que o déficit em suas contas se agravou durante a pandemia do novo coronavírus. A Via Ágil deixará de operar nesta sexta-feira (15), às 24h, e a Acreana assume às 5h do sábado (16).
Prefeitura de Piracicaba e viação que opera o transporte público assinam rescisão
De acordo com o governo municipal, a partir desta quinta-feira (14), a Trans Acrena começa a preparar a chegada dos ônibus e a contratação inicial de 300 funcionários – 190 motoristas e mais 110 para as áreas de administração e manutenção.
Ela começa a operar seguindo as rotas e horários implantados pela Via Ágil para o período de pandemia, incluindo o projeto social Elevar. Porém, a empresa garante que cumprirá a integralidade do contrato após a pandemia, gradativamente, ainda conforme a prefeitura.
Em nota oficial, o secretário municipal de Trânsito e Transportes (Semuttran), Jorge Akira, apontou que a empresa continuará atendendo os passageiros na sede da Semuttran (ao lado do Terminal Central) e os ônibus aceitarão o cartão VAI, que era o utilizado pela Via Ágil.
Portaria determina uso de máscar no transporte público em Piracicaba
Edijan Del Santo/EPTV
“Toda a equipe da Semuttran estará atenta à transição, mas a secretaria pede à população um pouco de compreensão para as pequenas falhas iniciais, que serão corrigidas o mais rápido possível para não prejudicar os usuários”, acrescentou a secretaria.
Dificuldades
Segundo Akira, o processo de seleção foi difícil neste momento de pandemia porque no Estado de São Paulo houve uma queda de 75% do volume de passageiros pagantes no transporte coletivo.
Foram consultadas seis empresas, relatou Akira, das quais três ofertaram propostas e três declinaram. A melhor proposta foi da Trans Acreana.
Empresa Via Ágil alegou queda no número de passageiros como um dos fatores que agravou sua crise financeira
Daiany Silva/EPTV
Crise financeira
Segundo o governo municipal, desde o início de março, a Via Ágil já relatava sobre o agravamento da crise financeira que atravessa, que culminou com o pedido de rescisão oficial, no último dia 17 de março.
Segundo a prefeitura, entre as cláusulas da rescisão, está a obrigatoriedade da manutenção do transporte público até o dia 15 de maio. Se não cumprida, acarretará multa diária de R$ 331 mil.
A viação aponta que após a crise econômica de 2015 e 2016 viu despencar o número de passageiros do transporte público, mas não foi possível cortar despesas, gerando acumulados déficits, ainda conforme a administração municipal.
Ainda conforme as informações repassadas pela prefeitura, a crise se agravou mais quando começou a vigorar a quarentena no Estado por causa da Covid-19, quando o número de passageiros teve uma redução ainda maior (80%), tornando a situação da empresa insustentável.
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