Derrite descarta participação do PCC em adulteração de bebidas com metanol em SP

O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, disse hoje (30) que não acredita que haja participação da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) no esquema de adulteração de bebidas alcoólicas em São Paulo, que já deixou três pessoas mortas no estado.
“Completamente descartada a hipótese do PCC”, disse o secretário para a TV Globo.
AÇÕES DO ESTADO
Derrite está reunido neste momento com o governador Tarcísio de Freitas e com os secretários de Saúde, Eleuses Paiva, e de Justiça, Fábio Prieto, para tratar de um plano de ação de fiscalização de estabelecimentos contra bares que compram bebidas falsificadas. Está marcada para às 11h uma coletiva com a presença dos três, para a divulgação de medidas para o combate à intoxicação por metanol e para a investigação dos envolvidos.
Também participam da reunião o comandante da Polícia Militar, o delegado-geral da Polícia Civil, representantes do Deic e do Departamento de Polícia e Proteção à Cidadania (DPPC), além do Procon-SP.
SUPOSTO ENVOLVIMENTO DO PCC
A ideia da suposta participação do PCC no caso começou a ser cogitada no domingo (28), quando a Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF) divulgou uma nota em que levantou a suspeita de que o metanol usado na adulteração de bebidas alcoólicas podia ser o mesmo importado ilegalmente pelo PCC para “batizar” combustíveis.
Segundo a entidade, o fechamento recente de distribuidoras e formuladoras de combustível ligadas ao crime organizado – responsáveis por importar metanol de forma fraudulenta para adulterar combustíveis, conforme já comprovado em investigações do Gaeco e do Ministério Público de São Paulo – poderia estar por trás da atual onda de intoxicações.