Everton Ferreira é contra instauração de CPI da HapVida que investiga possível negligência médica; entenda
Durante a sessão ordinária da última segunda-feira (20), foi lido o requerimento que propõe a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar possíveis casos de negligência médica envolvendo o Hospital Hapvida, em Limeira. O documento contou com a assinatura de 20 vereadores — todos, exceto o presidente da Câmara, vereador Everton Ferreira (PSD), que declarou ser contrário à instauração da CPI.
Em entrevista à Melhor FM, Everton afirmou que, em sua avaliação, não é de competência da Câmara Municipal instaurar uma CPI para apurar possíveis falhas médicas em um hospital privado, uma vez que o caso não envolve, de forma direta, o poder público municipal.

“A Câmara não tem atribuição legal para investigar um hospital particular por suposta negligência médica. Só faria sentido uma CPI se houvesse indícios de irregularidades em contratos ou convênios entre o hospital e a Prefeitura”, declarou o presidente.
Everton também destacou que o requerimento tem origem em um episódio de forte comoção na cidade: a morte do menino Theo, de dois anos, vítima de influenza A (H1N1), no dia 30 de setembro. O caso motivou o vereador Zé da Farmácia (Podemos) a apresentar o pedido de abertura da CPI, que acabou recebendo o apoio da maioria dos parlamentares.
Segundo o presidente, embora compreenda a dor da família e a comoção pública gerada pela morte da criança, ele reforçou que a apuração de eventuais erros médicos cabe aos órgãos competentes, como o Conselho Regional de Medicina (Cremesp) e o Ministério Público, e não ao Legislativo Municipal.
O requerimento foi oficialmente lido em plenário e deve seguir os trâmites internos da Câmara antes de eventual instalação da comissão.

