Nova York, nos Estados Unidos, tem uma nova preocupação em torno da variante ômicron do novo coronavírus. De acordo com uma pesquisa divulgada, a variante foi identificada em veados de cauda branca, espécie que soma a quantidade de 30 milhões nos Estados Unidos.
No momento, a preocupação local é que a nova cepa do vírus se torne hospedeira, já que a identificação ocorre em meio a alta de casos causada pela ômicron.
A descoberta se apresenta como a primeira vez que a variante ômicron é detectada em animal selvagem. Já os primeiros casos de covid-19 (de outra cepa) em veados selvagens foram identificados no mês de agosto de 2021, em Ohio (EUA). Os diagnósticos em animais se expandiram após as primeiras comprovações.
Amostras de secreção nasal e de sangue colhidos em 131 animais da espécie em Staten Island, em Nova York, revelaram que 15% tinham anticorpos. Diante da descoberta, a sugestão de pesquisadores liderados por cientistas da Universidade Estadual da Pensilvânia, é que os animais foram infectados anteriormente e eram vulneráveis a reinfecções e novas variantes.
Apesar de não haver evidências da transmissão de animais para humanos, o Departamento de Agricultura dos EUA aponta que a maioria das infecções foram identificadas em espécies que tiveram contato próximo a pessoas com covid-19.
“A circulação do vírus em população animal sempre aumenta a possibilidade de voltar aos humanos, oferecendo oportunidades para o vírus evoluir para novas variantes”, disse Suresh Kuchipudi, microbiologista veterinário da Universidade Estadual da Pensilvânia. “Quando o vírus sofre mutação completa, ele pode escapar da proteção da vacina atual. Então, teríamos que atualizar a vacina novamente”, afirmou.