O Ministério Público do Estado de Minas Gerais resgatou pelo menos 30 cães explorados para a produção e venda de sangue animal, nesta segunda-feira (21), nas cidades de Belo Horizonte e Santa Luzia, na região metropolitana. Duas pessoas foram presas na operação.
Foram identificados durante a Operação chamada de Sanguessuga, pelo menos 30 cães sendo explorados para a produção e venda de bolsas de sangue para clínicas veterinárias. Dentre eles, cinco estavam em situação de maus-tratos. De acordo com o MPMG, as bolsas de sangue podem custar mais de R$ 1.000.
A investigação, que começou devido a demanda encaminhada pelo CRMV, cumpriu, ao todo, seis mandados de busca e apreensão na Grande BH. O promotor de justiça Wagner Augusto Moura e Silva explica que a operação “tinha como alvo uma clínica veterinária em Belo Horizonte e um crematório veterinário na cidade de Santa Luzia. Além dos três responsáveis pelos estabelecimentos”.
Os animais resgatados foram levados para o departamento veterinário da Faculdade Arnaldo, onde se recuperam. Em nota o MPMG ressalta que a prática é criminosa e “de acordo com o art. 32 da Lei de Crimes Ambientais, aquele que maltrata cães e gatos está sujeito à pena de reclusão de dois a cinco anos, além de multa e perda da guarda dos animais”.
Os crimes também podem ser caracterizados nos artigos 273 e 288 do Código Penal, que falam sobre a falsificação ou alteração de produtos para fins terapêuticos ou medicinais, além da contravenção penal descrita no artigo 47 do Decreto-lei nº 3.688/1941, que condena a execução profissional ou atividade econômica sem preencher as condições necessárias em lei.
Atuaram juntos na Operação a Coordenadoria Estadual de Defesa dos Animais (Ceda), o Núcleo de Combate aos Crimes Ambientais (Nucrim), ambos do MPMG, além da Polícia Militar de Meio Ambiente e o Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV-MG).
Fonte : R7