PM de SP vai lançar aplicativo da central 190 em janeiro

Foto: Diogo Moreira/Governo de SP

A Polícia Militar de São Paulo vai lançar, em janeiro de 2022, o aplicativo de celular “SP 190”, para a população entrar em contato em casos de emergência.

O objetivo do aplicativo é desafogar a central de atendimento da corporação, que chega a receber 50 mil ligações por dia, e agilizar o registro da ocorrência. No início, o sistema vai atender apenas cinco tipos de ocorrência (veja abaixo).

O software está em fase de testes e deve ser lançado para o cidadão no dia 5 de janeiro. Os usuários poderão baixar o aplicativo nas lojas virtuais do Play Store para celulares modelo Android e Apple Store, para os com sistema iOS.

“A ideia é ativar uma nova forma de acionar a polícia e, evidentemente, agilizar a comunicação e dar mais efetividade ao atendimento”

Afirmou o coronel Francisco Alves Cangerana Neto, diretor de Tecnologia da Informação e Comunicação da Polícia Militar.

O software custou cerca de R$ 200 mil e foi desenvolvido em parceria com a empresa de tecnologia Indra.

O uso da tecnologia vai facilitar o serviço do atendente do Centro de Operações da Polícia Militar (Copom), que é realizado por uma empresa terceirizada, o que pode gerar uma economia futura com a diminuição no volume de ligações. Antigamente, eram os próprios policiais militares quem faziam o atendimento do 190, mas, com o tempo, eles foram deslocados para outros serviços operacionais e para aumentar o efetivo de homens da corporação nas ruas.

“É uma nova forma de comunicar na qual o cidadão lança as informações da ocorrência de emergência e isso cai direto na tela do nosso despachador [que envia a viatura ao local da ocorrência]. Então, não necessita do atendente”

Disse o coronel Francisco Alves Cangerana Neto.

O app possibilita que a ocorrência apareça direto na tela do despachador, diminuindo o tempo de atendimento.

O aplicativo 190 já existe em outros estados, como Paraná e Espírito Santos, e em países do exterior.


Como vai funcionar

Inicialmente, o aplicativo vai atender apenas cinco tipos de ocorrência:

  • Violência doméstica;
  • Perturbação do sossego (o que inclui os pancadões);
  • Disparo de alarmes;
  • Descumprimento das regras sanitárias da Covid-19 em estabelecimentos comerciais;
  • Aglomeração de pessoas durante a pandemia.

De acordo com o coronel Cangerana, a escolha das naturezas das ocorrências que podem ser acionadas pelo aplicativo foi baseada nas que recebem o maior volume de reclamações atualmente. “Tem relação com o volume de ocorrência que a gente recebe e o tipo de ocorrência que facilita o lançamento de informações pelo próprio usuário”, disse.

A perturbação de barulho e os pancadões são os principais motivos de chamados para a PM durante os finais de semana. E a maior parte das ligações recebidas pelo Copom também ocorre aos sábados e domingos.

O aplicativo é flexível e o próprio operador pode inserir novas naturezas de ocorrência futuramente, em uma segunda etapa do projeto.

E o sistema de ocorrência tende a ser cada vez mais ser automatizado por aplicativo, inclusive com a possível inclusão de um botão de pânico. “Não é o escopo deste momento do projeto, mas um botão de pânico é algo factível, já existe no aplicativo SOS Mulher, que é o socorro a uma mulher com medida protetiva.”


Cadastro

Para acionar a PM de São Paulo pelo app, o usuário vai precisar cadastrar dados pessoais como nome, CPF, endereço, telefone, e-mail, além de criar um login e uma senha.

Para realizar o cadastro, é preciso ter idade igual ou superior a18 anos. O objetivo é rastrear casos de falsa comunicação, os famosos “trotes”. Além disso, o cadastro é necessário para casos em que os policiais precisem entrar em contato para pegar mais detalhes sobre a ocorrência.

Apesar do cadastro inicial, as denúncias podem ser anônimas no momento do acionamento da ocorrência.

“A pessoa vai estar cadastrada para evitar que gere ocorrência falsa, mas ela pode entrar como anônima na hora de fazer a solicitação. Isso não impede o atendimento”, garantiu Cangerana.

*Com informações de G1

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