Estudo realizado em parceria com a Universidade Federal de Brasília aponta que a maioria das empresas do setor espera retomar as vendas no segundo semestre deste ano. O Parque Nacional do Iguaçu, um dos principais pontos turísticos brasileiros
William Brisida/RPC
Um levantamento realizado pela Associação Brasileira de Operadoras de Turismo (Braztoa) e o Laboratório de Estudos em Sustentabilidade e Turismo da Universidade de Brasília (UNB) estima que as empresas do setor perderam cerca de R$ 1 bilhão somente no mês de abril.
Em abril, 54% das empresas não realizaram nenhuma venda, número superior aos 45% que não tinham tido comercialização no mês de março. Entre as empresas que comercializaram viagens, apenas 24% venderam produtos com embarques até julho. 93% delas tiveram vendas com embarque para o segundo semestre e 84% para 2021.
O levantamento aponta também um crescimento na venda de voos domésticos, o que pode ser uma tendência para os próximos anos. 64% das empresas incluídas no levantamento afirmaram que 90% do faturamento se deu em viagens nacionais.
Apesar disso, o faturamento do mês de abril deste ano não representa 10% do que as empresas tiveram no mesmo mês do ano passado. Expectativa do setor é que sofra quedas de R$ 7,7 a R$ 11,3 bilhões. 58% das empresas esperam retornar as atividades a partir de julho; já 13% indicam que a retomada só ocorrerá a partir do ano de 2021.
Em relação às viagens internacionais, 50% esperam voltar a operar no segundo semestre deste ano, enquanto 42% aguardam a retomada para o ano que vem.