Além do risco de cair em golpes, especialistas alertam que esse definitivamente não é um bom momento para planejar uma viagem. O alerta dos especialistas é de que definitivamente não é um bom momento para planejar uma viagem. Mas durante a pandemia, com o setor de turismo afetado pelo cancelamento de voos e fechamento de atrações, apareceram pacotes turísticos por um valor muito abaixo do normal, o que tem chamado a atenção de órgãos de defesa do consumidor.
Além de sérias questões éticas sobre fazer turismo em meio a uma pandemia, aproveitar uma superpromoção para realizar a viagem dos sonhos pode esconder, em alguns casos, risco de golpes.
A fundação Procon-SP inaugurou em meados de março um canal para reclamações ligadas a questões da Covid-19. Em 2 meses foram mais de 16 mil casos. O turismo foi uma área que se destacou. Agências de viagens somaram 52% do total das reclamações e companhias aéreas, 25% – os setores mais questionados.
Turismo ainda é moralmente legítimo?, reflete jornalista Paul Sullivan
Mas há promoções legítimas: operadoras estão oferecendo passagens e pacotes para viagens futuras, quando, espera-se, os efeitos da pandemia tenham se enfraquecido e o isolamento social esteja mais relaxado. O G1 conversou com especialistas que informaram as principais dicas que os consumidores precisam se atentar na hora de adquirir um pacote de viagem.
É um bom momento para adquirir um pacote de viagens?
Definitivamente não, segundo José Pablo Cortês, presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da OAB de São Paulo, o mundo está passando por uma pandemia no qual ainda não conseguimos prever como estarão as coisas futuramente.
“Neste momento de incerteza, precisamos refletir se realmente precisamos daquele produto. Apesar da boa oportunidade não conseguimos prever como será o futuro. Se adquirir um pacote, tente encontrar um, no qual o prazo para a utilização seja o mais longo possível. Afinal, nós não sabemos como todos os países vão conseguir se recuperar dos danos causados pela Covid-19.”
“Toda vez que se apresenta para o consumidor uma oferta muito generosa, ela é justamente generosa porque apresenta riscos”, afirma Fernando Capez, secretário de Defesa do Consumidor do Procon-SP.
Se insistir em fazer negócio, existe uma forma de comprar com segurança?
Capez alerta que o consumidor precisa conhecer bem de quem está comprando. “Primeiro pesquise o site da empresa que está promovendo o pacote, olhe também a companhia aérea que irá realizar o voo. Verifique se a mesma está com uma saúde financeira ruim”.
“Se contratar um pacote, verifique se a empresa está sólida e se ela é confiável. Verifique qual o capital social constituído: é uma empresa conhecida do mercado? Ela tem reclamações? As reclamações são respondidas? É necessário conhecer bem com quem está lidando”, diz Cortês.
Quais cuidados tomar com o destino da viagem?
“O consumidor precisa ficar atento a todas as notícias e informações sobre o destino da viagem. É importante verificar como a área foi atingida pela pandemia”, afirma Cortês.
O advogado alerta que, mesmo se insistir em adquirir o pacote, pegue o que oferece um prazo maior para a utilização. “Com a pandemia, nós vivemos uma situação de incerteza. Não é só a questão do contágio, estamos pensando em situações posteriores.”
Como agir se tiver algum problema com o pacote?
Os dois especialistas alertam sobre a importância de conhecer as condições do contrato do produto. Verificar o que está incluso no pacote e se realmente vale o investimento.
“Às vezes o pacote é barato, mas ele oferece o mínimo, temos que entender o que exatamente está incluído e o que não está incluído para colocar na balança se vale a pena”, afirma Cortês.
Segundo ele é importante arquivar todas as informações do momento em que a compra pela internet foi realizada. “Tudo isso pode servir depois para exigir o complemento do pacote. Nós estamos acompanhando”
Além de sérias questões éticas sobre fazer turismo em meio a uma pandemia, aproveitar uma superpromoção para realizar a viagem dos sonhos pode esconder, em alguns casos, risco de golpes.
A fundação Procon-SP inaugurou em meados de março um canal para reclamações ligadas a questões da Covid-19. Em 2 meses foram mais de 16 mil casos. O turismo foi uma área que se destacou. Agências de viagens somaram 52% do total das reclamações e companhias aéreas, 25% – os setores mais questionados.
Turismo ainda é moralmente legítimo?, reflete jornalista Paul Sullivan
Mas há promoções legítimas: operadoras estão oferecendo passagens e pacotes para viagens futuras, quando, espera-se, os efeitos da pandemia tenham se enfraquecido e o isolamento social esteja mais relaxado. O G1 conversou com especialistas que informaram as principais dicas que os consumidores precisam se atentar na hora de adquirir um pacote de viagem.
É um bom momento para adquirir um pacote de viagens?
Definitivamente não, segundo José Pablo Cortês, presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da OAB de São Paulo, o mundo está passando por uma pandemia no qual ainda não conseguimos prever como estarão as coisas futuramente.
“Neste momento de incerteza, precisamos refletir se realmente precisamos daquele produto. Apesar da boa oportunidade não conseguimos prever como será o futuro. Se adquirir um pacote, tente encontrar um, no qual o prazo para a utilização seja o mais longo possível. Afinal, nós não sabemos como todos os países vão conseguir se recuperar dos danos causados pela Covid-19.”
“Toda vez que se apresenta para o consumidor uma oferta muito generosa, ela é justamente generosa porque apresenta riscos”, afirma Fernando Capez, secretário de Defesa do Consumidor do Procon-SP.
Se insistir em fazer negócio, existe uma forma de comprar com segurança?
Capez alerta que o consumidor precisa conhecer bem de quem está comprando. “Primeiro pesquise o site da empresa que está promovendo o pacote, olhe também a companhia aérea que irá realizar o voo. Verifique se a mesma está com uma saúde financeira ruim”.
“Se contratar um pacote, verifique se a empresa está sólida e se ela é confiável. Verifique qual o capital social constituído: é uma empresa conhecida do mercado? Ela tem reclamações? As reclamações são respondidas? É necessário conhecer bem com quem está lidando”, diz Cortês.
Quais cuidados tomar com o destino da viagem?
“O consumidor precisa ficar atento a todas as notícias e informações sobre o destino da viagem. É importante verificar como a área foi atingida pela pandemia”, afirma Cortês.
O advogado alerta que, mesmo se insistir em adquirir o pacote, pegue o que oferece um prazo maior para a utilização. “Com a pandemia, nós vivemos uma situação de incerteza. Não é só a questão do contágio, estamos pensando em situações posteriores.”
Como agir se tiver algum problema com o pacote?
Os dois especialistas alertam sobre a importância de conhecer as condições do contrato do produto. Verificar o que está incluso no pacote e se realmente vale o investimento.
“Às vezes o pacote é barato, mas ele oferece o mínimo, temos que entender o que exatamente está incluído e o que não está incluído para colocar na balança se vale a pena”, afirma Cortês.
Segundo ele é importante arquivar todas as informações do momento em que a compra pela internet foi realizada. “Tudo isso pode servir depois para exigir o complemento do pacote. Nós estamos acompanhando”